Se
tem algo que tem ficado claro a tempos é que o papel de achar
defeitos e injustiças alheias para denunciá-las é o mais fácil de
todos. Não por isso seja errado denunciar o que é devido, mas, a
falta em analisar se isso tem sido feito somente pela busca de se ter
a imagem de paladino na justiça, é no mínimo falta de sabedoria.
Se
denunciar alguma injustiça clara é fácil, dificílimo é ser
imparcial na busca pela justiça.
Para
exemplificar essa parcialidade, o momento político nos deixa
inúmeros exemplos. A última onda de mostras grátis é o vazamento
de áudios que mostram o senador Romero Jucá intencionando obstruir
o alcance da operação Lava Jato.
Algumas
reações são dignas de análise para este texto. PSOL acionou PGR
para pedir prisão preventiva do ministro, PDT, diz que pedirá
cassação deste no conselho de Ética, enquanto PT quer que ele seja
investigado.
Por
outro lado, diversos expoentes próximos a Romero Jucá, declaram que
tudo tem que ser visto com calma, que não era bem aquilo que foi
dito e etc.
Pergunto:
Estas mesmas falas já não foram ditas em episódios similares,
porém, em posições opostas?
Aqui
é possível trazer o alerta que este texto deseja. A sede tem que
ser pela justiça. Que seja imparcial. Que as reações contra as
injustiças sejam as mesmas, independente se o agente que a cometera
seja de “meu grupo” ou do “grupo oposto”. Que não haja
escolha do que devo ou não denunciar.
Fora
isto, a única coisa que é denunciada nestas falas é a preferência
por coligação A ou B.